MARIA VERITAS JARDIM STARLING PEIXOTO

( Brasil – Minas Gerais )

Nome literário: Véritas Starling.
Mineira, de Sabará, filha de José Starling Alves e Sylvia Jardim Starling.
Casada com Luiz Carlos Peixoto, tem três filhos:
Giovana, Luiz Carlos e Igor.
Escreve poesias, contos e crônicas, alguns premiados em Belo Horizonte.
Livros publicados: Caras e Coroas — É Proibido Sonhar — Terceiras Intenções.

15 ANOS DE POESIA – PROSA E VERSO.  Antologia da Casa do Poeta Brasileiro.     Seção Brasília – DF  - 1978-1993.  Brasília: 1993?  144 p.  ilus.  Capa: aquarela de
Ydê Afonso.  15,5X22,5 cm.  N. 03 949
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda.

 SOU MINEIRA

Sou de uma terra formosa
Rica em minérios, montanhosa.
Onde pousa sobre os telhados a neblina
Onde as flores nascem à toa
Onde a imaginação tanto voa
Que a gente velha volta a ser menina

Sou daquele torrão abençoado
Onde atrás de cada nome elevado
Corre um rio, riacho ou cachoeira
De onde estou há muito tempo distante
Mas da qual não me esqueço em nenhum instante
Porque sou um pedaço da terra mineira

Sou a flor do monte nascida ao léu
Uma nuvem que vadia no azul do céu
A casa mais velha da cidade mais antiga
Sou os sinos que soam nos campanários
das igrejas imponentes de lugares vários
Sou de museu histórico a mais forte viga

Sou pedra do rio onde ainda existe ouro
A ânsia do Bandeirante em busca do tesouro
A lembrança do conterrâneo Drummond de Andrade.
Sou uma touceira viçosa de capim agreste
A vegetação verde da qual o chão se veste
Sou uma mineira cheia de saudade. 

Foto:  https://www.google.com

IGREJA DE NOSSA SENHORA DO Ó

Fui batizada num capela
Dentro, puro ouro, fora, taipa singela
De nome simples, uma letra só
Vendo-a no cimo da ladeira calma
Pintei um quadro com as cores de minh´alma
Dedicando-a à Virgem Nossa Senhora do Ó

Ó Maria concebida sem pecado!
Desça por um momento do céu e pouse ao lado
Da pequenina igreja que é somente sua
Repinte-a com as cores de sus infinita bondade
Retoque de lá a alma de toda humanidade
Fazendo com que essa adquira o esplendor da lua

Faça com que caia a máscara de Sileno
E que o ser humano, manso e sereno
Mostre que foi realmente criado à semelhança de Deus
Sussurre ao ouvido de seu Filho Jesus
Que valeu a pena por nós morrer na Cruz
Pois, sendo irmãos d´Ele, somos filhos seus.

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Página publicada em janeiro de 2025